A Carta de Jacques Gaillot 1 de Maio de 2004

Despertar das liberdades
 

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Despertar das liberdades
 
Hoje em dia não é fácil tornarmo-nos num homem ou numa mulher, pois vivemos numa cultura centrada no indivíduo.
O indivíduo é deixado por sua conta, para se emancipar, encontrar o seu caminho, dar sentido à sua vida, fazer as suas opções. É um progresso, mas também uma tarefa pesada!

eveiller des libertés A realização do eu precisa de ser parcialmente autónoma e responsável, precisa de pensar por si mesma e de viver segundo as próprias convicções. 

Mas isso pressupõe que é possível libertarmo-nos da opressão e do autoritarismo, tanto económico como político ou religioso.  libérer de l'oppression

Libertarmo-nos de ideias feitas e de papéis a desempenhar. Libertarmo-nos de modelos impostos e de felicidades programadas. Para sermos autênticos, e não apenas conformados àquilo que os outros esperam de nós.

O indivíduo vê-se carregado com um fardo bem pesado!
Como manter o equilíbrio quando o chão foge sob os nossos pés? O que parecia sólido é posto em questão. Aquilo que era um dado adquirido transforma-se numa tarefa a cumprir. Onde encontrar pontos de apoio, quando as instituições se vêem frequentemente desacreditadas?
Como resistir à tentação de se deixar conduzir, de viver por procuração e, em casos extremos, até de pôr termo à vida?

déchirer le filet Mas os obstáculos podem também permitir a descoberta de um caminho de interioridade, ultrapassar o mundo das aparências para alcançar a profundidade. De onde a importância de encontrar homens e mulheres que não se desligam de si mesmos, que não se deixam emudecer pelo "exterior". Seres habitados. São preciosos!
Só pessoas livres poderão despertar as liberdades.