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- Despertar das liberdades
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- Hoje em dia não é fácil tornarmo-nos
num homem ou numa mulher, pois vivemos numa cultura centrada
no indivíduo.
O indivíduo é deixado por sua conta, para se emancipar,
encontrar o seu caminho, dar sentido à sua vida, fazer
as suas opções. É um progresso, mas também
uma tarefa pesada!
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A realização do eu precisa de ser parcialmente
autónoma e responsável, precisa de pensar por si
mesma e de viver segundo as próprias convicções. |
Mas isso pressupõe que é possível libertarmo-nos
da opressão e do autoritarismo, tanto económico
como político ou religioso. |
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Libertarmo-nos de ideias feitas e de papéis a desempenhar.
Libertarmo-nos de modelos impostos e de felicidades programadas.
Para sermos autênticos, e não apenas conformados
àquilo que os outros esperam de nós.
O indivíduo vê-se carregado com um fardo bem pesado!
Como manter o equilíbrio quando o chão foge sob
os nossos pés? O que parecia sólido é posto
em questão. Aquilo que era um dado adquirido transforma-se
numa tarefa a cumprir. Onde encontrar pontos de apoio, quando
as instituições se vêem frequentemente desacreditadas?
Como resistir à tentação de se deixar conduzir,
de viver por procuração e, em casos extremos, até
de pôr termo à vida?
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Mas os obstáculos podem também permitir a descoberta
de um caminho de interioridade, ultrapassar o mundo das aparências
para alcançar a profundidade. De onde a importância
de encontrar homens e mulheres que não se desligam de
si mesmos, que não se deixam emudecer pelo "exterior".
Seres habitados. São preciosos!
Só pessoas livres poderão despertar as liberdades. |
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