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O filme rodado na Palestina no decurso da viagem das duas delegações francesas é projectado, em estreia, no Instituto do mundo árabe. A afluência é tal que será preciso prever duas sessões pois havia tanta gente no anfiteatro como no exterior. É uma alegria para mim encontrar esses companheiros de viagem que fizeram parte da expedição aos Territórios ocupados! Vivemos juntos tantos momentos fortes e difíceis!
Há razão para dizer que uma imagem vale mil palavras. O que se vê tem mais importância do que aquilo que se pode dizer. Vale mais um filme que uma conferência a não ser que se juntem as duas coisas. Ouvi com emoção este grito de cólera de um jovem palestiniano que vive num campo de refugiados : "Desde que nasci, a minha vida é na prisão. Roubaram-me a minha vida e o meu futuro. Impedem-me de viver a minha vida". (images: Institut du monde arabe): cliquez: Institut du monde arabe |
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Tive a alegria de partir para o Quebeque com duas pessoas da associação Partenia de Paris para participar num forum sobre o voluntariado. O público estava motivado. Eu perguntava a mim mesmo qual poderia ser o conteúdo da minha intervenção sabendo que já eram abordados inúmeros pontos de vista sobre a evolução e o sentido do voluntariado hoje. Depois de ter escutado as exposições e os debates, veio-me a ideia de falar da pessoa dos voluntários. Em que se transformaram? Depois de anos ao serviço dos feridos da vida? Estamos atentos àquilo que fazemos pelos outros
mas muito menos àquilo que recebemos deles. Damos-lhes
muito mas o que nos ensinam eles? É o choque da repercussão.
No decurso dos anos, tornámo-nos mais humanos, mais livres
interiormente, com um coração cheio de compaixão?
E se somos discípulos de Jesus, como se transformou a
nossa maneira de crer, de rezar, de compreender o Evangelho? |
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17 de Outubro de 1961 Há quarenta anos, aconteceu um drama terrível em plena cidade de Paris. Dezenas de milhar de trabalhadores argelinos com as suas famílias faziam uma manifestação pacífica contra o recolher obrigatório racista que lhes era imposto. Nesse dia, cerca de 200 manifestantes foram mortos pelos polícias por ordem do seu superior.
Hoje isso não está esquecido. Os arquivos começam a abrir-se. Há testemunhas que falam. Realizam-se manifestações. Eu acabo de ver um documentário muito belo sobre esse saque incrível : " O silêncio do rio ". Espero que, um dia, nos nossos manuais de história da França, se fale do que aconteceu no dia 17 de Outubro de 1961. |
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