O sermão da Montanha
Quem poderá ficar insensível às bem-aventuranças?
"Felizes os pobres de coração... Felizes os pacíficos..."
É coma música cujas melodias penetram na alma:
"Felizes os que choram... Felizes os que têm fome e sede de
justiça..."
É coma brisa ligeira que murmurava a felicidade ao nosso coração:
"felizes os misericordiosos... felizes os puros de coração..."
É como um horizonte límpido que traz a luz aos nosso olhos:
"Felizes os construtores da paz... felizes os perseguidos por causa
da justiça..."
Nunca se põe em prática uma única destas bem-aventuranças
sem trazer ao de cima o melhor que existe em nós.
Ao consumirmos o risco de viver as bem-aventuranças, não
nos tornamos personagens blindadas, mas ao contrário é a fragilidade
que aparece nos combates que conduzimos.
Porque aqueles que se colocam do lado do sermão da montanha, são
como seres vulneráveis que tentam ultrapassar os seus temores e vencer
as suas provas, tendo o sentido constante dos outros.
Num mundo onde reina a solidão dos seres e a aridez dos corações,
eles manifestam a sua compaixão colocando o amor acima de tudo. Para
eles, não existe outra maldição senão um coração
sem amor.
Jacques Gaillot
|