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- O drama dos Palestinianos
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- Fiz parte de uma delegação
de parlamentares, jornalistas, representantes do mundo associativo,
vindos da Bélgica, da França e da Grécia
que se deslocou à Palestina para acompanhar um combóio
humanitário ao aeroporto de Gaza.
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Delegation ONG pour Palestine,prêtre
G. Vimard, Mgr. Gaillot avel les jeunes de Gaza |
A faixa de Gaza, onde eu tinha estado há três anos,
tornou-se uma imensa prisão e experimenta uma lenta asfixia
: cercos, prisões arbitrárias, encerramento de
escolas, acesso aos cuidados de saúde recusado, árvores
arrancadas, casas arrasadas...O desemprego triplicou. O bloqueio
impede os trabalhadores palestinianos de se deslocarem a Israel.
Os camponeses que viviam das culturas de morangos, de tomates,
de pepinos estão, hoje, sem recursos. As colheitas morrem.
A delegação ouviu o testemunho dos camponeses que
viviam com as suas famílias em explorações
agrícolas muito férteis. Foram expropriados em
proveito de uma colónia israelita cuja segurança
é assegurada continuamente por numerosos militares. Alguns
minutos depois da nossa partida, o exército lançou
uma bomba que feriu um dos camponeses.
Passámos perto do lugar em que tinha sido ferida uma criança
que estava ao colo do pai. Essa imagem correu mundo e sacudiu
a opinião. Mas não havia ali senão um terreno
vago. Os tanques do exército arrasaram tudo para fazer
desaparecer qualquer vestígio do sucedido!
Tudo se degradou. Encontrei uma população provada
e a sofrer. Uma população que vive diariamente
na insegurança e na humilhação. Mas uma
população sempre determinada que não baixa
os braços.
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Convidado por uma família palestiniana
com 10 filhos, fico a saber que o mais velho com 22 anos morreu
num confronto e que o segundo com 20 anos está numa prisão
israelita. |
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- Partilhando a refeição
da noite com outra família, os jovens dizem-me que os
Israelitas têm direito a fazer tudo. Podem permitir-se
tudo. São os senhores. Têm a força por eles.
Apesar desta situação intolerável, eles
continuam a lutar.
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Le prêtre Georges Vimard
partage le destin du peuple palestinien |
Celebro a missa com um sacerdote amigo, em casa das irmãs
do P. de Foucauld que estão em Gaza há 25 anos.
Admiro a presença destas irmãs que partilham o
destino do povo palestiniano. Elas dizem-me : enquanto durar
esta injustiça cometida contra nós todos os dias,
não haverá paz. A injustiça cria a violência.
A justiça cria a paz.
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